O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou os pedidos de habeas corpus apresentados pelas defesas do médico Luiz Antonio Garnica e de sua mãe, Elizabete Arrabaça Garnica. Ambos foram presos temporariamente na terça-feira (6) e são investigados por suposto envolvimento na morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, ocorrida em março deste ano, em Ribeirão Preto (SP).

Na decisão que manteve a prisão de Garnica, o desembargador relator Luis Augusto de Sampaio Arruda argumentou que não foram apresentadas evidências de ilegalidade na detenção. “A medida liminar em habeas corpus é cabível quando o constrangimento ilegal é manifesto e constatado de plano”, afirmou.

A defesa do médico aguarda a análise do mérito do pedido. Já o advogado de Elizabete informou que recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O conteúdo da decisão que envolve Elizabete não foi divulgado.

A investigação aponta que Larissa foi envenenada com uma substância conhecida como “chumbinho”. Segundo laudo toxicológico, vestígios do veneno foram encontrados no corpo da vítima. Testemunhas relataram à Polícia Civil que Elizabete teria procurado o produto dias antes da morte da nora.

Em depoimento à polícia, Luiz Garnica negou qualquer histórico de violência no relacionamento com Larissa. Disse ainda que mantinha um relacionamento extraconjugal, mas alegou intenção de encerrá-lo. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram o médico chegando ao apartamento na manhã de 22 de março com pães para o café da manhã. Ele afirmou ter encontrado a esposa desacordada no banheiro e acionado o socorro médico.

Larissa teria descoberto a traição dias antes da morte e, segundo relatos à polícia, manifestado desejo de se divorciar, o que pode ter motivado o crime, conforme suspeita do Ministério Público.

As investigações continuam, e Garnica e Elizabete seguem presos temporariamente.

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