O ‘esqueleto’ de um prédio abandonado há mais de 25 anos na rua General Osório, no Centro de Ribeirão Preto, terá as obras retomadas.

O imóvel, que chama a atenção pela estrutura inacabada, foi comprado por uma construtora, portanto, as obras serão finalizadas e o local se tornará um novo prédio residencial. O mesmo aconteceu com outro empreendimento que fica na rua Amador Bueno.

Em entrevista ao portal acidade on, Sérgio José Faria dos Santos, morador da região há quase duas décadas, diz que a retomada das obras no edifício é uma oportunidade de contribuir para a valorização do Centro do munícipio – saiba mais abaixo.

Como resultado da ação, a expectativa é de que a região volte a atrair moradores, comércios e novos empreendimentos. Embora não haja uma data para as obras retomarem, Fernando Teixeira do Amaral, responsável pelo local, diz que a limpeza já começou a ser feita e que a revitalização pode iniciar a qualquer momento.

“O prédio tem uma resistência boa. Atualmente são dois [apartamentos] em cada andar. A intenção é transformar em quatro. Nós estamos com os documentos certos, então ‘podemos fazer a quebradeira’ quando quiser”, diz o homem.

Novas oportunidades

Proprietário de um minimercado próximo ao prédio, há mais de 20 anos, Marcos Roberto Oliveira enxerga essa nova etapa como uma oportunidade para o comércio local.

Quanto mais moderno e novo, melhor. Para o comércio local isso será muito bom, porque vai ‘girar’. Os novos moradores e o pessoal da construção que estiver trabalhando durante esse vão consumir aqui no por perto, então vai ser muito bom

Marcos Roberto Oliveira

Embora esteja morando há pouco tempo em um condomínio residencial próximo ao ‘esqueleto’, Indiara Alves diz que se mudou ciente da situação, mas acredita que a retomada das obras será algo beneficente para todos.

“Eu comprei o apartamento aqui de um síndico e ele falou para mim que esse prédio estava parado há muito tempo porque a antiga construtora faliu. Para nós, moradores do prédio, é benéfico essa obra. Acho muito interessante terminarem de vender os apartamentos ou alugar. É uma melhoria para o Centro”.

Revitalização do Centro

Em 2024, um levantamento detalhado de 177 quadras do Centro, identificou 3.466 lotes nesta área, com predomínio de imóveis isolados (71,9%), contra 16,1% de condomínios verticais e 10,7% horizontais.

A Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), em parceria com o IPCIC (Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais), realizou o estudo.

A ausência de incentivos fiscais somada à falta de recursos financeiros por parte dos proprietários faz com que muitos imóveis, lamentavelmente, caiam no abandono, resultando em perda patrimonial e insegurança

Sandra Brandani, presidente da Acirp

Desde que assumiu a presidência da associação, Brandani reforça o legado afetivo do Centro para os ribeirão-pretanos. Além disso, destaca sua vontade pessoal de ver a região retomar o papel de coração da cidade.

Na ocasião, o estudo também revelou um alto índice de má conservação na região. Conforme os dados, 23% das fachadas têm pintura desbotada e 50,1% apresentam sujidade, o que comprova a necessidade urgente de renovação da área central.

Além disso, o estudo também apontou informações importantes sobre a região, como por exemplo, a carência de arborização nessa área da cidade.

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