Paulo Henrique Athanazio, conhecido como Dodô, ex-jogador de Botafogo e Comercial, revelou ter perdido aproximadamente R$ 1 milhão em apostas esportivas. Aos 25 anos e sem clube há quatro meses, o meia-atacante afirma estar recuperado do vício, mas diz enfrentar resistência para voltar ao futebol profissional.
Segundo Dodô, o vício no jogo passou a ser um estigma. Ele acredita que a resistência de dirigentes, treinadores e até jogadores tem dificultado seu retorno aos campos. O ex-jogador também aponta outro fator relevante: o aumento do número de casas de apostas como patrocinadoras de clubes.
Além da perda financeira, ele relata que também ficou sem carro, apartamento e afastou-se de familiares. Hoje, diz não sentir mais vontade de apostar, e afirma usar sua experiência para alertar outros atletas e jovens sobre os riscos do jogo compulsivo.
Não sinto nenhuma vontade de apostar, mas gosto de assistir futebol. Quando vejo as pessoas apostando, sou um cara que alerta, porque passei por isso e sei qual é o fim
afirma o atleta
Mercado de apostas
O caso de Dodô ocorre em meio ao crescimento acelerado das apostas online no Brasil. De acordo com estudo recente do Banco Central, os brasileiros movimentaram entre R$ 20 e R$ 30 bilhões em apostas entre janeiro e março de 2025, período que coincide com a regulamentação do setor.
Ainda segundo o estudo, cerca de 24 milhões de pessoas participaram de apostas ou jogos de azar no último ano, com ao menos uma transação via Pix registrada para esse fim. A faixa etária mais representativa é de jovens entre 20 e 30 anos. A média mensal de gastos nesse grupo é de R$ 100, mas pode chegar a R$ 3 mil em faixas etárias mais altas.
Com informações do GE
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