Deve ser entregue em setembro deste ano o novo prédio do Inova USP, no campus de Ribeirão Preto. De acordo com o coordenador do Inova USP, Norberto Preporine, o projeto tem o objetivo de ampliar a capacidade de pesquisa da universidade e oferecer uma infraestrutura moderna voltada à inovação, empreendedorismo e ciência aplicada.

O investimento é de R$ 26 milhões e o novo prédio contará com um laboratório certificado para estudos avançados em modelos animais, que será disponibilizado para o desenvolvimento de novos medicamentos.

“Hoje, muitos pesquisadores da USP dependem de parcerias internacionais para conduzir essas pesquisas, o que será revertido com essa nova estrutura, que será multiusuário e acessível a qualquer docente da USP com projeto aprovado”, explica.

Colaboração entre equipes

Peporine explica que o Inova USP também contará com um laboratório de desenvolvimento, organizado por editais, um núcleo de desenvolvimento voltado à inovação e sustentabilidade, que tem o objetivo de formar talentos para inovação científica, tecnológica e cultural.

Para o coordenador, a nova abordagem adotada no prédio permitirá o uso mais eficiente dos espaços e recursos da universidade, com colaboração entre equipes de diferentes áreas do conhecimento.

“O novo prédio do InovaUSP em Ribeirão Preto representa uma mudança estratégica na forma como a pesquisa aplicada e a inovação tecnológica são conduzidas no campus. Em vez de laboratórios fixos vinculados a grupos específicos, parte da infraestrutura funcionará por demanda, em regime de uso rotativo e compartilhado, com acesso definido por editais periódicos”, afirma.

‘Coworking laboratorial’

O novo espaço também contará com um laboratório multiusuário, que funcionará como uma espécie de “coworking laboratorial”. O espaço é voltado para pesquisadores que atuam nas etapas iniciais do desenvolvimento de produtos e tecnologias.

“Ao compartilhar o espaço com outras equipes, os grupos poderão atuar simultaneamente em um ambiente técnico de alto nível, com estrutura certificada para testes, validação e escalonamento. Isso elimina a necessidade de duplicação de infraestrutura e reduz barreiras de acesso à pesquisa aplicada qualificada”, afirma.

Além disso, o prédio também contará com oficinas de trabalho voltadas ao empreendedorismo social. Esse espaço vai estimular projetos com impacto social direto, conectando ciência, tecnologia e extensão universitária.

“Essa estratégia cria um ecossistema de inovação contínuo, no qual ideias podem nascer, ser prototipadas, testadas, validadas e encaminhadas para parcerias externas — tudo dentro de um fluxo estruturado, colaborativo e de alto padrão técnico. Trata-se de um modelo inédito no Brasil”, completa.

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