No ano passado, Ribeirão Preto registrou a maior epidemia de dengue da história considerando o número de casos registrados. A cidade fechou 2024 com 44.633 vítimas do mosquito Aedes aegypti – transmissor da doença, das febres chikungunya e amarela na área urbana e de zika –, maior volume da história da cidade.
Supera em 27,37% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 9.590 a mais. Também soma 32.331 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 262,81%, segundo o Painel de Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde. A prefeitura de Ribeirão Preto já intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti
Em 2025, até quarta-feira, 4 de junho, já são 19.409 casos confirmados – além de 31.482 sob investigação –, contra 37.129 do mesmo período do ano passado, 17.720 a menos e queda de 47,73%. Em uma semana, mais 517 pacientes procuraram atendimento na cidade, contra 831 de 28 de maio, 1.162, 1.027, 1.008 e 1.050 de intervalos anteriores.
Seis pessoas morreram em abril do ano passado, quando a cidade registrou 8.473 ocorrências não fatais, contra 550 do quinto mês de 2025, sem óbito. São 7.923 a menos, queda de 93,51%. Também caiu 83,61% em relação aos 3.355 casos de abril, 2.805 a menos. Em janeiro, 3.563 pessoas pegaram dengue em Ribeirão Preto. São 5.557 casos em fevereiro e 6.382 de março. São quatro em junho.
Já são seis mortes em 2025, quatro em janeiro, outra em fevereiro e uma em março, a mais recente de um menino de seis anos. As demais vítimas são três idosos acima de 60 anos – duas senhoras e um senhor – e duas mulheres adultas na faixa de 20 a 39 anos.
Segundo o Painel de Arboviroses, ainda há seis óbitos em investigação, de duas mulheres e três homens acima de 60 anos e de um adulto do sexo masculino com idade entre 20 e 39 anos, quatro de março e um de abril. Ribeirão Preto registrou 26 mortes em decorrência de dengue no ano passado – 14 mulheres e doze homens.
Não há mais nenhum óbito em investigação referente a 2024, quando a cidade superou em 189% o número de mortes do período anterior. São 17 a mais que os nove de 2023. Desde 2013 já são 75 óbitos por dengue no município. São seis de 2013 e cinco de 2015. Em 2014 não houve mortes na cidade.
O número de 26 mortos pelo mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e das febres amarela e chikungunya – do ano passado já é o maior em pelo menos oito anos (desde 2016), superando os dez de 2020 em 160%. São 16 a mais. Antes de 2019, a cidade não registrava óbito em decorrência da infecção desde 2016, quando nove pacientes não resistiram aos vírus.
Regiões – Em 2025, dos 19.409 casos de dengue confirmados em Ribeirão Preto, 7.344 têm entre 20 e 39 aos, 5.213 pacientes têm entre 40 e 59 anos, 2.591 têm mais de 60 anos, 2.544 são do grupo de 10 a 19 anos, 1.050 são crianças de 5 a 9 anos, 544 têm entre 1 e 4 anos e 123 vítimas tem menos de 1 anos. São 5.772 na Zona Leste, 4.737 na Oeste, 3.973 na Sul, 2.534 na Central e 2.368 na Norte, além de 25 sem identificação.
Ribeirão Preto fechou 2023 com 12.302 casos de, 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. Em pouco mais de 16 anos, a cidade já registrou 224.90766 casos de dengue. Foram contabilizadas 316 ocorrências de febre chikungunya em 2024, treze importadas. Uma pessoa morreu. No ano anterior, foram 121, sendo 107 autóctones. São 180 em 2025, quatro importados.