Explosão em Sertãozinho: empresa afirma agir com transparência

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Em nota, Innove Química garante que não há requisitos legais para decretação de prisão preventiva ou temporária de diretores


Por: Adalberto Luque

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou as explosões e incêndio causados durante descarregamento de uma carga de materiais químicos em Sertãozinho. O acidente ocorreu em 11 de outubro do ano passado e deixou três mortos, 10 feridos e várias famílias tiveram que sair temporariamente de suas casas.

O inquérito concluiu que houve negligência da Innove Química e indiciou seus diretores por homicídio culposo, lesão corporal culposa e crime ambiental. O caso seguiu para a Justiça, que vai determinar os rumos do processo.

À EPTV, afiliada da TV Globo, o delegado Eric Natalino Germano, responsável pelo caso, informou que os diretores agiram de forma negligente e omissiva. “Dois diretores da parte de controle e fiscalização, que tinham o dever de cuidado, atuaram de forma negligente e omissiva e foram indiciados por homicídio culposo, lesão corporal e crime contra o meio ambiente”.

Ainda segundo o delegado, a fábrica operava sem qualquer tipo de licença. “Esse galpão era usado apenas para transbordo e estava totalmente irregular. A empresa foi multada pelas duas secretarias de Meio Ambiente, estadual e municipal, e também pela Cetesb e ainda pela Auditoria Fiscal do Trabalho.”

Outro lado

A Innove Química encaminhou nota onde afirma que não estão presentes requisitos legais para a decretação de prisão preventiva ou temporária, pois os investigados colaboraram com as investigações e teriam se antecipado voluntariamente no pagamento de indenização às vítimas e seus familiares.

A empresa garante estar conduzindo tudo com transparência, ética, respeitos às autoridades, comunidade, vítimas e meio ambiente. “Desde o lamentável acidente ocorrido, a empresa tem agido de forma responsável, adotando uma postura colaborativa com os órgãos competentes e priorizando ações imediatas de reparação e mitigação de danos”, aponta a Innove.

A nota revela que as famílias de duas das três vítimas fatais já foram indenizadas e a outra estaria em negociações avançadas. Também teria indenizado os prestadores de serviço que sofreram lesões graves. Seis imóveis atingidos durante a tragédia foram reformados e os moradores receberam indenização por danos morais.

A Innove também afirma ter obtido aprovação de plantas de projetos para reconstrução de quatro imóveis. Contratou empresa especializada em danos ambientais para atuar desde os primeiros dias após o acidente. Garante estar cumprindo rigorosamente os protocolos ambientais vigentes. Na nota, a Innove manifesta solidariedade com os afetados.





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