Nesta segunda-feira (16), completa-se um mês do desaparecimento do empresário Nelson Francisco Carreira Filho, de 44 anos. Ele foi visto pela última vez no dia 16 de maio, após uma reunião de negócios em Cravinhos, na região de Ribeirão Preto. Desde então, a Polícia Civil investiga o caso como homicídio.

Últimos registros do empresário

Após o encontro comercial, o carro de Nelson foi registrado por câmeras de pedágio e segurança em direção à capital paulista. O veículo passou pelas seguintes praças de pedágio:

• 15h14: São Simão
• 15h28: Santa Rita do Passa Quatro
• 17h51: Caieiras

Por volta das 18h20, câmeras captaram o carro na avenida Engenheiro Caetano Álvares, na zona norte de São Paulo. Às 19h09, novas imagens confirmaram o veículo circulando na mesma região. Na manhã seguinte, a polícia encontrou o carro abandonado na rua Clara de Oliveira, sem sinais de arrombamento ou roubo de pertences.

Depoimento e prisão de suspeitos

A Polícia Civil prendeu, até o momento, três pessoas suspeitas de envolvimento no caso. Tadeu Almeida Silva, funcionário da empresa onde a reunião ocorreu, apresentou-se à delegacia de Cravinhos no dia 29 de maio. Em seu depoimento, ele relatou que presenciou uma discussão entre Nelson e Marlon Couto Paula Júnior, proprietário da empresa e parceiro de negócios.

Segundo Tadeu, o conflito envolveu o uso de uma marca registrada, explorada por Marlon sem autorização. Durante a discussão, Marlon teria atirado em Nelson. Tadeu e Marlon enrolaram o corpo da vítima em lonas e o transportaram até Miguelópolis, onde, segundo o depoimento, Marlon o jogou no rio Grande.

Ainda segundo Tadeu, Marlon o orientou a dirigir o carro de Nelson até São Paulo com o quebra-sol abaixado, para dificultar a identificação, e depois abandoná-lo na zona norte da cidade.

Carta de confissão

A Polícia Civil divulgou uma carta assinada por Marlon Couto Paula Júnior, em que ele confessa o crime. No documento, ele relata ter disparado contra Nelson após a discussão e afirma que levou o corpo para Miguelópolis, onde o descartou no rio Grande junto com a arma.

A carta menciona ainda a participação de Tadeu no transporte do carro e a alegação de que Marcela Silva de Almeida, esposa de Marlon, só tomou conhecimento do crime posteriormente. Marlon segue foragido, com mandado de prisão em aberto.

Buscas e tecnologias de identificação

A polícia ainda não localizou o corpo de Nelson Francisco Carreira Filho. A Prefeitura de São Paulo incluiu a imagem do empresário no sistema Smart Sampa, que utiliza tecnologia de reconhecimento facial.

Até o momento, nenhuma das 26 mil câmeras da capital, incluindo as mais de 3 mil na zona norte, registrou sua presença.

Na última quarta-feira (11), os bombeiros suspenderam, por tempo indeterminado, as buscas pelo corpo do empresário Nelson Carreira Filho no rio Grande.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que a corporação realiza as buscas por um período de sete dias, conforme sua diretriz. A retomada depende de novas evidências.

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