Com o objetivo de estabelecer estratégias e ações prioritárias para a prevenção de incêndios florestais em todo o município, a prefeitura de Ribeirão Preto lançou na segunda-feira, 23 de junho, o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. A iniciativa busca reduzir os riscos de queimadas e incêndios, promovendo mais segurança e bem-estar à população.
O documento foi elaborado em conjunto pelas Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Infraestrutura, Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros, e define as ações que já estão sendo executadas pelo poder público municipal. “Estamos entrando no período de estiagem, propício ao surgimento de focos de incêndio” diz o secretário do Meio Ambiente, Claudio Almeida.
“Por isso, lançamos esse plano, que apresenta não apenas diretrizes, mas também todas as ações que serão executadas tanto na zona rural quanto na área urbana de Ribeirão Preto. Nosso objetivo é minimizar a ocorrência de focos e evitar um cenário como o de 2024”, explica Almeida.
O plano prevê o mapeamento das áreas de risco, que serão monitoradas de forma intensiva. Entre as ações programadas estão as zeladorias preventivas, realizadas pela Infraestrutura, como roçadas, limpezas e recolhimento de resíduos. Também estão previstas a capacitação de brigadistas de diferentes secretarias e a intensificação das fiscalizações ambientais.
Outro destaque do plano é a ampliação de campanhas e ações educativas para conscientizar e sensibilizar a população sobre a importância da prevenção de incêndios. “São atitudes simples do cotidiano que podem impactar significativamente o meio ambiente. Por isso, estamos investindo em campanhas para alertar a população sobre a importância da prevenção de incêndios e da conservação ambiental”, ressalta o secretário.
A campanha contará com ações nas redes sociais, na imprensa e no site da Prefeitura, com a publicação de conteúdos voltados à educação ambiental. Confira na íntegra o Plano de Prevenção de Combates a Incêndios Florestais (PPCIF) www.coderp.sp.gov.br/portal/pdf/ambiente206.pdf
Pelo menos 30 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo no Brasil, em 2024, uma área 62% acima da média histórica, que é de 18,5 milhões por ano. O dado está no MapBiomas Fogo, parte da primeira edição do Relatório Anual do Fogo (RAF), com números relativos ao período de 1985 a 2024.
No ano passado, São Paulo concentrou quatro dos dez municípios com maior proporção de área queimada, três deles no entorno de Ribeirão Preto, uma região predominantemente agrícola. São eles: Barrinha, Dumont e Pontal, além de Pontes Gestal.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), a Operação SP Sem Fogo atendeu, entre 1º e 16 de setembro, período crítico da estiagem, 2.392 ocorrências e vistoriou 2.159 focos de incêndio em vegetação em todo o estado no ano passado
Foram lavrados 420 autos de infração ambiental, em ocorrências que afetaram 107 mil hectares, o equivalente a 115 mil campos de futebol. A Secretaria de Comunicação confirmou também que 23 pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento em ações de início intencional de fogo.
Foram onze prisões na macrorregião de Ribeirão Preto. Cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios. Uma pessoa morreu na região metropolitana. Carlos Roberto Prado, de 44 anos, morreu no dia 6 de setembro após duas semanas internado na Ala de Queimados do Hospital das Clínicas. Ele morava em Santa Cruz da Esperança.
Além das prisões, o governo estadual recolheu mais de R$ 21,3 milhões em multas. O estado tem um milhão de hectares em unidades de conservação e preservação ambiental. Desse total, 748 hectares foram atingidos, ou seja, 0,07. Durante o período crítico, a Semil fechou 69 parques estaduais entre 1º e 30 de setembro.
A Estação Ecológica de Ribeirão Preto, mais conhecida como Mata de Santa Tereza, importante fragmento florestal de Mata Atlântica, estava na lista. Na macrorregião, também foram fechadas unidades em Araraquara, Bento Quirino (distrito de São Simão), Luiz Antônio (Jataí), Santa Rita do Passa Quatro, São Simão, Bebedouro e Vassununga (Santa Rita do Passa Quatro).
Com a chegada do inverno, o Estado de São Paulo vai contratar 132 brigadistas temporários. A medida tem o objetivo de ampliar o combate aos incêndios florestais durante o período de estiagem. O reforço será distribuído para as regiões de Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba, Piracicaba, Sorocaba e Jundiaí, Santos e São José dos Campos.
Prisão – Alessandro dos Reis Batista Júnior, morador de Itirapuã, foi condenado a pena de oito anos e quatro meses de prisão, em regime inicial fechado, acusado de atear fogo em propriedades rurais às margens da Rodovia Ronan Rocha (SP-345).. Ainda deveria pagar indenização de R$ 3 milhões. O réu está preso e não poderá recorrer em liberdade. A sentença é do juiz Daniel Carrijo, de Patrocínio Paulista, do dia 15 de maio.