Polícia indicia Elizabete e Garnica pela morte de Larissa

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Por: Adalberto Luque

Em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (27), o delegado Fernando Bravo, responsável pela investigação das mortes por envenenamento de Larissa Talle Leôncio e Nathalia Garnica, e o diretor da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), José Carvalho de Araújo, informaram que o inquérito que Elizabete Eugênio Arrabaça Garnica e seu filho Luiz Antônio Garnica, foram indiciados pela morte de Larissa.

Segundo Bravo, Elizabete foi indiciada por homicídio qualificado e Garnica por feminicídio. Larissa foi encontrada morta em seu apartamento na manhã de 22 de março pelo marido, o médico Luiz Antônio Garnica, um dos suspeitos do envenenamento.

Para o delegado, existe a convicção de que Garnica teria preparado vários álibis entre a noite de 21 e a manhã de 22 de março. Segundo Bravo, Garnica foi ao cinema com sua amante para ser visto. Ele passou a noite em companhia da namorada.

Os delegados Bravo e Araújo: crime macabro (Foto: Alfredo Risk)

Antes de voltar para o apartamento onde morava com Larissa, ele passou em uma padaria e comprou um croissant. Só depois das 09h00 é que foi para o apartamento, quando teria encontrado a mulher sem vida.

Bravo acrescenta que ele teria mandado mensagem sobre a morte de Larissa para a amante e, só então, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), ainda dando a entender que Larissa estaria viva e ele fez massagem cardíaca.

“As provas indicam que Larissa foi envenenada por Elizabete. Na carta [que ela escreveu na penitenciária], há vários indicativos que isso ocorreu através de remédios e acreditamos que isso possa ter envenenado Larissa”, explicou Bravo.

Ferrnando Bravo indiciou Elizabete por homicídio e Garnica por feminicídio no inquérito que apura a morte da professora (Foto: Alfredo Risk)

O delegado destacou que todas as provas indicam que houve premeditação. Sobre os celulares, o delegado informou que o que pode ser recuperado ajudou nas investigações e foi anexado ao inquérito. O que foi apagado e não foi recuperado acabou perdido, de acordo com Bravo.

O diretor da DEIC definiu o crime como macabro. “Ficamos sensibilizados pelo fato de serem familiares. Isso deixa qualquer cidadão inconformado com o que aconteceu, matar por motivos financeiros. Não dá nem para acreditar”, observou Araújo.

Caso Nathalia

Apesar das semelhanças nos dois casos, o titular da Delegacia de Homicídios disse que o caso Nathália continua em aberto. Ele explicou que ainda há muitos depoimentos a serem tomados, várias diligências e que também falta a contraprova do exame feito durante a exumação do corpo de Nathalia que apontou a presença de “chumbinho”.

Para delegado, o médico produziu álibis perfeitos para tentar se desvincular da morte da esposa Larissa (Foto: Redes Sociais)

Para o delegado, todavia, apesar de ambas serem envenenadas pela mesma substância, os elementos ativos eram diferentes, o que derruba, segundo Bravo, a narrativa de Elizabete em carta escrita na penitenciária, informando que ela apanhou um medicamento na casa da filha, recém-falecida, e teria dado um comprimido para Larissa, a pedido da própria nora.

Bravo admitiu, inclusive, que pode pedir a exumação do corpo do cãozinho de Nathalia, que morreu 15 dias antes da tutora. No curso das investigações, o delegado disse que o celular de Viviane, outra filha de Elizabete, foi apreendido e está sendo periciado. O delegado não descarta que ela também possa ser suspeita do crime.

Por mais que a defesa de Garnica insista na tese de que o médico não participou da morte da professora e que seria uma possível próxima vítima da mãe, Bravo aponta que ambos foram beneficiados com as mortes de Larissa e Nathalia, pois ambas tinham bens e, respectivamente, Garnica e Elizabete seriam favorecidos diretos e ambos teriam problemas financeiros – embora o delegado esteja aguardando os dados solicitados com o pedido de quebra de sigilo bancário dos envolvidos.

MP

O representante do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Marcus Túlio Nicolini, já adiantou que vai apresentar denúncia tanto contra Garnica, quanto contra Elizabete. O MP já estaria convicto da participação de ambos no envenenamento de Larissa.

A prisão temporária dos Garnica vence na próxima semana, mas o delegado pediu a prisão preventiva dos dois. Sobre um possível vazamento do depoimento de Elizabete e Garnica feito por videoconferência na quarta-feira (25), o delegado garantiu que isso não foi feito pela Polícia Civil e não cabe a ele investigar isso.

A reportagem não conseguiu falar com as defesas dos indiciados, mas segue tentando contato com ambos.

 

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