Segurança nos condomínios no interior paulista em alerta máximo: a ordem é tolerância zero na portaria

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A onda de furtos em condomínios de alto padrão na capital, orquestrada por um adolescente que explorava a “boa vizinhança” e a falta de rigor nas portarias, serve como um espelho assustador para a realidade de segurança em nossos empreendimentos no interior de São Paulo. Chega de complacência! A hora é de endurecer as regras e garantir que as portarias sejam, de fato, o primeiro e mais impenetrável escudo contra a criminalidade.

É inaceitável que a tranquilidade dos lares seja comprometida pela falha básica no controle de acesso. O caso recente demonstra que a cortesia e a desatenção se transformam em convites abertos para invasores. Não há espaço para o “jeitinho brasileiro” quando a segurança da família e do patrimônio está em jogo.

A portaria não é clube social: é controle de acesso

Condomínios, tanto na metrópole quanto em nosso interior, precisam de um choque de realidade. A portaria deve operar com a precisão de um quartel e a impessoalidade de um sistema de segurança de alta tecnologia. Eis as diretrizes que precisam ser implementadas e fiscalizadas com mão de ferro:

  1. Morador, sua conveniência não é mais importante que a segurança coletiva!

O ato de segurar o portão para “ajudar” um desconhecido entrar é uma aberração e um risco incalculável. Cada indivíduo deve ter sua entrada verificada individualmente. O portão só deve se abrir após a identificação inequívoca e autorização formal. O “favor” ao vizinho que não se identifica é um favor ao bandido.

  1. Porteiros: rigor ou demissão

Não podemos mais tolerar profissionais que se deixam intimidar por “boa lábia” ou ameaças vazias. Os porteiros devem ser treinados para serem inflexíveis no cumprimento dos protocolos. Em caso de dúvida, a resposta é sempre “NÃO”. A gestão do condomínio tem a obrigação de dar todo o respaldo legal e profissional para que o porteiro exerça sua função com a autoridade necessária. Quem não cumpre, não serve!

  1. Visitante sem cadastro? Não entra!

Essa é a regra de ouro. Não importa a roupa de marca, a desinibição ou a história de parentesco: todo e qualquer visitante deve ser identificado com documento, ter sua entrada previamente autorizada pelo morador por interfone e, se possível, ter a imagem registrada. Quem se recusa, não entra. Simples assim. Não existe “visita surpresa” quando a segurança está em jogo.

  1. Tecnologia não é gasto, é investimento em paz!

Condomínios que ainda não investiram em biometria, portões com sistema de eclusa, câmeras com inteligência artificial e monitoramento 24 horas estão falhando em sua responsabilidade. A modernidade oferece ferramentas para otimizar o controle de acesso e mitigar os riscos. Utilizá-las não é luxo, é necessidade.

  1. Comunicação interna: alerta constante!

Síndicos e moradores precisam estar em sintonia. Reuniões periódicas para reforçar os procedimentos de segurança, alertas imediatos sobre qualquer movimentação suspeita e uma cultura de vigilância mútua são fundamentais. A segurança coletiva é uma construção diária que exige o comprometimento de todos.

A série de furtos em São Paulo acendeu a luz vermelha. No interior paulista, temos a chance de aprender com os erros alheios e evitar que a audácia dos criminosos invada nossos lares. A passividade e a falta de rigor nas portarias são portas abertas para o crime.

 É hora de fechá-las com firmeza e determinação, garantindo a paz e a segurança que todos os condôminos merecem.

Protocolos de segurança na portaria: como agir diante de visitantes não identificados

Cenário 1: O “conhecido” que tenta acesso direto

Casos práticos e respostas chave:

  • Visitante: “Sou amigo do Doutor Silva, ele já sabe que estou vindo, pode abrir.”
  • Porteiro: “Compreendo, senhor. No entanto, por questão de segurança, preciso da confirmação do Doutor Silva. Por gentileza, poderia me informar o apartamento dele para que eu possa interfonar?”
  • Visitante: “Eu acabei de sair do carro de aplicativo, ele já foi embora. Sou do apartamento 301.”
  • Porteiro: “Certo. Vou interfonar para o apartamento 301 para confirmar sua entrada e solicitar os dados para seu cadastro. Pode aguardar na área de espera, por gentileza?” (Nunca abrir antes da confirmação do morador e sem o registro dos dados).

Cenário 2: O “porta aberta” e a tentativa de entrada junto com o morador

  • Situação:
    Um morador abre o portão da garagem ou pedestre e um desconhecido tenta entrar “na carona”, sem se identificar.
  • Comunicação do porteiro:

    O porteiro deve acionar o interfone do morador ou usar o sistema de rádio, imediatamente, e, se possível, dirigir-se visualmente ao morador:

  • “Senhor(a) [Nome do Morador], por gentileza, o acesso de visitantes é individual. O senhor(a) pode confirmar a entrada deste indivíduo? Precisamos que ele se identifique e seja cadastrado.”
  • (Se o morador não perceber): O porteiro deve chamar a atenção do morador, pedindo para que aguarde a identificação do visitante.
  • Importante: A ordem para o morador é clara: o portão da garagem só deve ser fechado após a passagem COMPLETA do veículo, e nunca deve ser mantido aberto para outra entrada imediata. Para pedestres, a regra é a mesma: cada um entra individualmente.

Casos práticos e respostas chave:

  • Morador: (Segurando o portão) “Pode deixar, ele está comigo.”
  • Porteiro: “Senhor(a), compreendo. Mas o protocolo exige a identificação e cadastro de todos os visitantes, por segurança de todos. Por gentileza, peço que o senhor(a) autorize formalmente a entrada e que ele se dirija à guarita para o registro.” (Neste ponto, o morador e o visitante devem aguardar na área de pré-acesso ou fora do condomínio, até o registro ser feito).

Cenário 3: O indivíduo com histórias dúbias ou ameaças

  • Situação:

    Um indivíduo apresenta justificativas vagas (“vim entregar uma coisa”, “sou do aplicativo, mas não tenho celular”, “você vai perder seu emprego se não me deixar entrar”) e tenta pressionar o porteiro.

  • Comunicação do porteiro:

    A comunicação deve ser neutra, padrão e firme, sem entrar em discussões.

    • “Senhor(a), nosso procedimento padrão de segurança exige identificação e autorização do morador para qualquer entrada. Sem esses dados, não posso liberar o acesso.”
    • (Se houver ameaça): “Senhor(a), estou apenas seguindo as regras de segurança do condomínio. Qualquer questão sobre isso deve ser tratada com a administração. Para sua entrada, preciso da autorização do morador e seu documento.” (Neste ponto, o porteiro deve acionar o supervisor, a ronda ou a administração, e se sentir ameaçado, a polícia).
  • Fundamental: Porteiros jamais devem se envolver em discussões ou ceder a pressões. A instrução deve ser clara: em caso de qualquer dúvida ou pressão, acionar imediatamente o supervisor ou a polícia.

A reeducação dos moradores sobre a importância desses protocolos é tão crucial quanto o treinamento dos porteiros. Reuniões informativas, comunicados claros e a afixação das normas em locais visíveis podem reforçar a cultura de segurança. A paz no condomínio começa na portaria, e a rigidez no controle de acesso é a chave para mantê-la.


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