O Ministério Público denunciou André Luiz de Jesus da Rosa, dono da B&B Investidora, e outros quatro envolvidos pelos crimes de estelionato e organização criminosa. O grupo é acusado de aplicar um golpe que ultrapassa R$ 40 milhões em prejuízos, com vítimas espalhadas por diversas regiões do país.

André está foragido desde março de 2023, quando o suposto esquema foi descoberto. A investigação aponta que a B&B oferecia rendimentos mensais de até 10% — bem acima do praticado no mercado financeiro — para atrair investidores. No entanto, segundo o MP, o dinheiro captado nunca foi de fato investido e servia apenas para sustentar a operação em formato de pirâmide financeira.

Além de André, foram denunciados o irmão dele, Alex Sandro de Jesus da Rosa, e os ex-funcionários Pedro Eduardo Freitas Duarte, Paulo Rogério do Nascimento e Phelippe Christósomo da Silva. Todos teriam recebido valores acima da média salarial para esse tipo de atividade.

Apesar de o número estimado de vítimas ultrapassar duas centenas, apenas 237 pessoas formalizaram queixas à Polícia Civil.

Durante a operação, bens de André e da empresa foram confiscados. Na casa do empresário, na zona Sul de Ribeirão Preto, foram encontrados dois carros e mais de 50 armas. Os itens passaram por leilão, mas o valor arrecadado não passa de R$ 540 mil — menos de 2% do prejuízo declarado pelas vítimas.

O que dizem as defesas?

André Luiz de Jesus Rosa, que está desaparecido, ainda não possui advogado constituído no processo. Por outro lado, as defesas de Alex Sandro de Jesus Rosa e Paulo Rogério do Nascimento informam não ter conhecimento da denúncia apresentada pelo Ministério Público.

Já o advogado de Phelippe Christósomo da Silva declarou que seu cliente não é sócio da B&B Investidora.

Por fim, a defesa de Pedro Eduardo Freitas Duarte reconhece que ele fazia parte da sociedade, porém ressalta que ele atuava apenas seguindo as orientações de André Luiz de Jesus.

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