Por: Adalberto Luque

Um homem de 30 anos foi preso, na tarde desta terça-feira (22), por porte ilegal de arma de fogo. Ele estava no escritório de um estacionamento localizado na avenida Jerônimo Gonçalves, Centro de Ribeirão Preto.

Policiais militares receberam a denúncia de uma pessoa que viu as armas sobre uma mesa e informou o local. Ao chegarem, os PMs viram duas pistolas, calibres .380 e .765, sobre uma mesa. O homem que estava no local disse que seria Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas não apresentou documento.

Além das armas, os policiais localizaram 47 munições calibre .380 e um pente com 9 munições calibre .765. O homem disse que uma das armas foi deixada como garantia por um empréstimo que ele fez a outra pessoa, mas não informou quem seria seu dono.

Os PMs avistaram ainda perfumes importados, tênis e mochilas. Ele não soube dizer a procedência dos produtos. Levado para a Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro de Ribeirão Preto, recebeu voz de prisão em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.), ele não seria CAC e as armas estariam irregulares. O delegado estipulou fiança em R$ 12 mil, que não foi paga. O homem seguiu para uma unidade prisional, ficando à disposição da Justiça.

Investigação

Os policiais militares também apreenderam e apresentaram na delegacia 16 frascos de perfumes importados, oito caixas de tênis de corrida, uma placa de vídeo, as munições localizadas e cinco telefones celulares. Os aparelhos serão periciados.

De acordo com o B.O., os produtos motivam suspeitas adicionais sobre possível envolvimento do preso em crimes de estelionato ou participação em furtos qualificados. A Polícia Civil apurou que, entre março e maio deste ano, diversos B.O.s foram registrados em algumas cidades do estado de São Paulo, informando sobre crimes de estelionato digital.

Os B.O.s foram registrados em Novo Horizonte (SP), Campinas (SP), Ribeirão Preto, Santos (SP) e São Bernardo do Campo (SP), contra uma suposta empresa, que apresenta o mesmo padrão: consumidores realizavam compras eletrônicas, pagavam via Pix, mas não recebiam os produtos.

Essa mesma empresa também registrou um B.O. de furto em Barueri (SP), relatando que levaram 459 frascos de perfume de marcas diversas e R$ 370 em dinheiro, totalizando um prejuízo de R$ 400 mil.

No B.O., consta que os produtos localizados no escritório do estacionamento onde o homem foi preso têm características semelhantes aos furtados. Em outro B.O., o suspeito é investigado por um furto qualificado ocorrido em Cajuru, região metropolitana de Ribeirão Preto. O veículo em nome do preso foi utilizado no delito. As investigações prosseguem.

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