Justiça começa a ouvir réus do ataque a carro-forte

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Acusados participaram do início da fase de instrução através de videoconferência de várias cidades onde estão presos


Por: Adalberto Luque

A Justiça iniciou nesta quarta-feira (23), a fase de instrução que apura o ataque a um carro-forte ocorrido na rodovia Cândido Portinari, entre Franca e Restinga, em setembro de 2024. Realizada por videoconferência, a audiência reuniu réus suspeitos de integrar a quadrilha responsável pelo crime, com presos localizados em cidades como Embu das Artes, Ribeirão Preto, Salto Grande, Presidente Venceslau e Franca.

Entre os acusados, dois são de Franca: Cleuza Duarte Ribeiro, detida na capital paulista, e Denis da Costa Oliveira, que responde ao processo em liberdade. Já Luiz Carlos de Oliveira, também de Franca, foi declarado foragido após novo mandado de prisão expedido a pedido do Ministério Público. Ele obteve a liberdade provisória e após novo mandado de prisão, não foi mais encontrado.

As investigações indicam que os envolvidos atuavam em funções distintas na organização criminosa. Alguns teriam participado diretamente do assalto, enquanto outros foram responsáveis por outras tarefas, como aquisição e registro de veículos utilizados no crime.

Lafaeff, preso em Valinhos, foi condenado a mais de 35 anos de prisão (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

No decorrer das investigações, a Polícia Civil constatou que havia um esquema para oferecer atendimento médico clandestino a eventuais feridos. Roberto Marques Trovão Lafaeff teria sido ferido durante a tentativa de assalto e foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Valinhos, região metropolitana de Campinas. O ex-gestor da UPA é suspeito de facilitar atendimento a Lafaeff com uso de identidade falsa.

Relembre o caso

O ataque aconteceu na noite de 9 de setembro de 2024. Os criminosos bloquearam a rodovia com um caminhão, explodiram o carro-forte e trocaram tiros com a polícia. Os ladrões não conseguiram levar nada, pois o dinheiro foi queimado após a explosão do carro forte. Eles iniciaram uma fuga com perseguição e troca de tiros.

Na fuga, cinco pessoas foram feridas, além de Lafaeff. No dia 11 de setembro de 2024, três suspeitos foram vistos em uma rodovia de Altinópolis e foram perseguidos. Houve um cerco próximo ao trevo de Cajuru.

Criminosos morreram na troca de tiros com PM e deixaram um grande arsenal de armas de alto poder destrutivo (Foto: Redes Sociais)

Na troca de tiros, morreram o sargento Márcio Ribeiro, da Polícia Militar, e um caminhoneiro que passava pelo local, além dos três homens que estavam no carro que fugia. No carro foram encontrados armamentos de grosso calibre e coletes balísticos.

Durante as investigações da Polícia Civil de Franca e Ribeirão Preto, duas fases da Operação Carcará foram realizadas, com um suspeito morto ao trocar tiros com os policiais civis e vários outros suspeitos.

Roberto Trovão, envolvido diretamente no caso, já foi condenado a 35 anos, 8 meses e 10 dias de prisão, mas responde em processo separado. A audiência desta quarta-feira marcou o início dos depoimentos de testemunhas e réus, etapa fundamental para o julgamento dos demais acusados. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos réus.





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