Comitiva pede diálogo a Trump

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O senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirmou que foi solicitado à Câmara de Comércio dos Estados Unidos que intermedie uma conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Às vésperas da entrada em vigor da taxação de 50% a todos os produtos brasileiros, ele defendeu a necessidade de separar a agenda econômica da política.

“Nós solicitamos, e o líder de governo no Senado (Jaques Wagner), que está aqui já se propôs, que a Câmara (de Comércio dos EUA) possa intermediar também um encontro ou um telefonema entre os dois presidentes o mais rapidamente possível”, afirmou Viana, a jornalistas em Washington.

De acordo com ele, não importa o formato da conversa, mas que essa comunicação ocorra de forma rápida. Quanto à disposição de Lula em falar com Trump, Viana disse que o líder do governo no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA), sinalizou que o Brasil está disposto a conversar.

“O presidente por meio do líder (do governo no Senado) já deixou claro que nós estamos dispostos a conversar sobre todas as áreas”, afirmou. O senador defendeu que o Brasil precisa trazer à mesa assuntos que são dos interesses soberanos, mas que envolvem outras nações.

Conforme Viana, o que incomodou os americanos foi a intenção dos Brics, grupo do qual o Brasil faz parte, querer criar uma nova geopolítica na área militar. “Esse é o principal problema hoje que nós temos dessa ameaça com relação às tarifas”, disse.

“O principal problema não está sendo a questão política de anistia. A anistia é um dos pontos que está sendo colocado pelo governo americano”, acrescentou. Já a questão econômica das tarifas será endereçada por meio de um novo manifesto da Câmara do Comércio dos EUA, desta vez, direcionado à Casa Branca, solicitando a postergação do início da cobrança das tarifas de 50% ao Brasil, previsto para sexta-feira, dia 1º de agosto.

Sobre os minerais raros brasileiros, o senador disse que todo investimento americano é “muito bem-vindo” no País, mas tem que ser feito dentro de uma “negociação que não seja de ameaças”. “Nós precisamos de uma negociação de igual para igual, é o que nós estamos colocando aqui”, afirmou.

O senador Carlos Viana integra a comitiva de senadores que foi a Washington tratar das tarifas de 50% a produtos brasileiros, às vésperas de as taxas entrarem em vigor, em 1º de agosto. A missão parlamentar brasileira segue na capital americana até est6a quarta-feira (30), com reuniões no Congresso dos EUA e com lideranças empresariais.

Depois de chegar a um consenso para taxar em 15% a Europa, o acordo mais importante e esperado de um lado a outro do Atlântico, Donald Trump disse que não haverá mais um adiamentos para a entrada em vigor das novas taxas, previstas para a sexta-feira.

Trump afirmou no domingo, 27 de julho, que não deve adiar o início das tarifas prometidas aos parceiros comerciais, o que inclui o Brasil. “Sem extensões. Sem mais períodos de carência. Em 1º de agosto, as tarifas estão definidas. Elas entrarão em vigor”, reforçou o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em entrevista à Fox News.

Aline Bronzati (AE)
enviada especial



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