Karina Cristina Queiroz, de 22 anos, foi encontrada morta dentro de casa no bairro Cristo Redentor, em Ribeirão Preto, após marcar um encontro por aplicativo de relacionamento. A família acredita que a jovem conhecia o assassino.
Karina sempre avisava a família sobre onde estava e com quem, para evitar qualquer risco. No entanto, no dia do crime, o celular e a chave da casa foram levados. A polícia investiga o caso como latrocínio (roubo seguido de morte), mas outras motivações, como feminicídio, seguem em apuração.
O crime
O corpo da jovem foi encontrado na última sexta-feira (1º) pela amiga que dividia a residência. Karina estava caída ao lado da cama, com dois ferimentos no rosto. A amiga informou que o homem com quem Karina marcou encontro chegou por volta das 16h50.
No quarto, a polícia identificou grande quantidade de sangue e cabelos sobre a cama, indicando possível luta corporal entre a vítima e o agressor. Os ferimentos são compatíveis com disparos de arma de caça, como espingarda ou garrucha. Fragmentos de munição foram recolhidos pela perícia.
A irmã de Karina ressaltou que a jovem sempre teve cuidado ao marcar encontros pela internet.
“Ela enviava localização em tempo real para minha outra irmã, mandava foto da pessoa e sempre avisava pelo WhatsApp”, contou Jaqueline.
No dia do crime, Karina enviou para uma prima um print da conversa com o número do homem que encontraria, mas a mensagem tinha visualização única. A informação foi repassada ao delegado responsável.
A família questiona a versão de latrocínio, já que apenas o celular antigo da jovem desapareceu.
Isso não foi um roubo, foi um feminicídio. Espero que a justiça seja feita
afirmou Jaqueline.
O que diz a polícia?
O delegado Targino Osório, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), informou que a equipe busca imagens de câmeras próximas para identificar o suspeito.
“Estamos coletando imagens das residências vizinhas e ouvindo familiares e a amiga para entender a rotina dela”, explicou.
A polícia também rastreia as linhas telefônicas usadas por Karina, na esperança de encontrar novas pistas.
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