Um dos maiores símbolos da moda sertaneja, o chapéu segue em alta e presente no look de grande parte do público e artistas da 70ª edição da Festa do Peão de Barretos.
Neste ano, uma nova tendência acrescentou ainda mais elementos para essa cultura: a formatação do chapéu. A ação de moldar o adereço na forma ideal da cabeça é antiga, mas os estandes e os trabalhadores especializados neste serviço aumentaram (e muito) no Parque do Peão em 2025.
O acidade on Ribeirão conversou com alguns destes profissionais. Leonardo Ostetti veio de Nova Esperança, no interior do Paraná, para Barretos para realizar o trabalho. Ele disse à reportagem que em um dia moldou mais de cem chapéus, em serviço que varia entre R$60 a R$100.
É uma profissão que muita gente começou a descobrir agora, mas que já existia antes. Geralmente o pessoal compra o chapéu, vem com a forma de fábrica, não gosta e pede para fazer uma forma personalizada. Isso explodiu no Brasil, hoje já formei mais de cem chapéus.
Não à toa, mais do que um acessório, a história do chapéu está relacionada a valores de trabalho e uma cultura caipira secular no interior do Brasil.
Na lida do campo, a peça trata-se quase de uma obrigação, porque além de ser uma característica das vestimentas, também é proteção contra o forte sol. Nos rodeios e festas de peão, o chapéu pode ser acompanhado de lenços, pedras cravejadas, colagem de tecidos e pintura, que dão ainda personalidade.
Personalidade à parte, não existe um chapéu perfeito, pelo menos para Leandro Gomes, formador de chapéus de Loanda, também do interior do Paraná.
Estamos aqui para abrilhantar mais o estilo, as pessoas as vezes estão com o chapéu velho e aí fazemos a reforma. Ou quando compra um novo e não gosta do formato, então abrilhantamos o estilo.
É difícil dizer do chapéu perfeito, vai de custo, tem os mais baratos, mais caros. Vai de custo e estilo também. Difícil falar de um perfeito, todos são bonitos.
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