
A partir desta segunda-feira (1º), planos de saúde começam a oferecer cobertura obrigatória para o implante contraceptivo Implanon, que libera etonogestrel de forma contínua. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu a medida em agosto para mulheres entre 18 e 49 anos como prevenção à gravidez não planejada.
Caso haja negativa de cobertura pelos planos, a recomendação é que a beneficiária registre reclamação diretamente na operadora e, se não houver solução, acione a ANS pelos canais oficiais.
O Ministério da Saúde também confirmou a distribuição gratuita do Implanon pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2026, o governo vai disponibilizar 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500 mil ainda este ano, com investimento estimado em R$ 245 milhões. Hoje, o método custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada.
Como funciona o Implanon?
O Implanon é um implante contraceptivo subdérmico em formato de haste flexível, colocado sob a pele do braço em um procedimento rápido no consultório médico, com anestesia local. O dispositivo libera continuamente etonogestrel, um hormônio derivado da progesterona, que impede a ovulação e evita a gravidez.
Com duração de até três anos, o Implanon faz parte do grupo LARC (métodos contraceptivos reversíveis de longa duração), considerados os mais eficazes no planejamento reprodutivo por não dependerem do uso diário ou mensal.
O método apresenta taxa de falha de apenas 0,05%, mais baixa do que a vasectomia (0,1% a 0,15%) e o DIU hormonal (0,2% a 0,8%). Essa eficácia coloca o Implanon entre os métodos contraceptivos mais seguros disponíveis atualmente.
Regras e contraindicações
Os médicos não recomendam o uso para mulheres com histórico de câncer de mama, doença hepática grave, sangramento vaginal sem causa identificada ou alergia ao etonogestrel.
Os efeitos colaterais mais comuns incluem dor, inchaço ou hematoma no local da aplicação. Em situações raras, pode surgir infecção, geralmente ligada a erro na técnica de inserção.
Por que o Implanon se tornou obrigatório?
O implante atua por até três anos sem necessidade de manutenção e apresenta alta eficácia, superando anticoncepcionais orais e injetáveis. Depois da remoção, a fertilidade retorna rapidamente, o que reforça a segurança do método para o planejamento reprodutivo.
Além de prevenir a gravidez não desejada, a estratégia faz parte do compromisso do governo para reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027 e diminuir em 50% as mortes maternas entre mulheres negras, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
SAIBA MAIS
Santa Casa abre processo seletivo para residência médica
FIQUE ON
Fique ligado em tudo que acontece em Ribeirão Preto e região. Siga os perfis do acidade on no Instagram e no Facebook.
Receba notícias do acidade on no WhatsApp. Para entrar no grupo, basta clicar aqui. Ou, acesse o nosso Canal clicando aqui.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ribeirão Preto e região pelo WhatsApp: 16 99117 7802.
VEJA TAMBÉM
Fifth Harmony vai voltar?