O brasileiro Ryan Silveira, de 23 anos, se pronunciou pela primeira vez na noite desta segunda-feira (1º), após ser resgatado inconsciente de uma piscina privativa de um hotel na ilha de Mykonos, na Grécia.
Pelas redes sociais, o jovem, que tem família em Ribeirão Preto e chegou a ficar em coma, apareceu com alguns machucados e pontos, afirmando que está se recuperando, mas que não se lembra do que aconteceu.
Eu não sei de fato o que aconteceu. Aquele dia, nós tínhamos chegado em Mykonos, era um sábado [23 de agosto], já era uma hora da tarde e tinha uma festa às 18h […] A última lembrança que eu tenho é que eu estava deitado na cama e eu simplesmente apaguei
Ryan estava acompanhado do amigo, Yago Luiz de Campos e Silva, de 25 anos, que morreu afogado. No vídeo compartilhado, ele conta que entrou em desespero ao ser informado do acidente e que perguntou pelo colega.
Ele ainda afirmou que só descobriu a morte do colega três dias depois. “Minha cabeça já começou a entrar em desespero, eu não tinha visto ainda que eu estava machucado, até então, eu não tinha sentido nada”.
Quando eu acordei na UTI, perguntava por todo mundo. Falava: ‘Gente, cadê o Iago?’. Minha preocupação era se ele sabia que eu estava em Atenas e se ele ia entrar em contato. Eu perguntava e a galera falava que não tinha informação dele. Depois, na segunda-feira, falavam: ‘O Iago está aqui no hospital também, mas ele ainda não acordou’. Na quarta-feira vieram e me deram a notícia
Emocionado, o jovem ainda comentou sobre a amizade que tinha com o brasileiro que morreu e afirma que ele vai fazer muita falta.
“É meu melhor amigo. Familiares, amigos sabiam o quanto a gente era próximos um do outro, estou um pouco traumatizado com tudo isso que aconteceu, em saber que uma escolha que nós fizemos teve um final tão trágico e triste assim”.
Infecção por bactéria
No mesmo vídeo, Ryan confirmou que teria contraído uma bactéria por ingerir muita água durante o afogamento.
“Estou muito abalado com tudo isso e preciso estar centrado para poder seguir em frente, porque a vida continua. Como vocês podem ver, estou um pouco machucado ainda, estava bem pior, meu rosto estava super inchado, levei alguns pontos, tive uma infecção por conta da quantidade de água que acabou acabei ingerindo da piscina”.
Ele ainda informou que segue em observação no hospital de Atenas. “Na sexta-feira fui liberado e, desde então, ainda estou aqui. Não tive acesso aos meus pertences ainda, que estavam em Mykonos, roupa, tudo, tudo minhas coisas ainda permanecem lá, assim como as do Yago também, por conta da investigação”.
Em nota, a Embaixada do Brasil em Atenas informou que tem conhecimento do caso envolvendo os brasileiros e que está prestando assistência consular aos familiares de Yago.
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