Um laudo psiquiátrico solicitado pela Justiça atestou que o homem acusado de matar vizinho em Ribeirão Preto não tem problemas mentais. Por conta disso, Sérgio Salomão Fernandes poderá ser levado ao Júri Popular.

O psiquiátrico entende que Sérgio Salomão tinha capacidade de entender o que estava fazendo no momento do crime, que aconteceu em junho do ano passado. Segundo denúncia do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), ele pode responder pela acusação de homicídio doloso triplamente qualificado.

O acusado era vizinho de Júlio César da Silva, de 60 anos, no condomínio Jardim das Pedras, no Jardim Paulista. Júlio César morreu após se envolver em uma discussão com Sérgio Salomão no Centro de Ribeirão Preto, no cruzamento das ruas Mariana Junqueira e Barão do Amazonas.

A vítima morreu por uma hemorragia abdominal devido a ferimentos “ocasionados por traumas contundentes”. Sérgio Salomão foi denunciado pelo MP-SP por homicídio por motivo fútil e emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima idosa.

O que diz a defesa?

O advogado Ricardo Rocha, que defende Sérgio Salomão Fernandes no caso, disse que a denúncia do MP-SP é exagerada e que acredita que o plenário do Júri Popular vai concordar que o crime não foi premeditado.

“A defesa entende que a denúncia é exagerada, que as qualificadoras apresentadas pelo MP não coadunam com os fatos apresentados, que foram ouvidos tanto pelas testemunhas oculares, como pelas câmeras de segurança apresentadas. A defesa entende que no plenário vai conseguir comprovar que não foi premeditado e que de fato foi uma briga entre dois vizinhos que terminou nessa fatalidade”, disse à EPTV.

Ricardo ainda alega que o histórico entre as partes teria sido o motivo da briga. “Eles teriam começado aquela briga justamente por conta da inimizade que todos os condôminos tinham em relação a ele. Mas isso, não justifica”, completa.

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