MP denuncia Elizabete Arrabaça por feminicídio contra a própria filha na região de Ribeirão Preto

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O Ministério Público de São Paulo denunciou Elizabete Arrabaça por matar a própria filha, Nathália Garnica, com veneno conhecido como chumbinho. O crime ocorreu em 9 de fevereiro de 2025, em uma casa no Residencial São Benedito, em Pontal, na região de Ribeirão Preto.

Segundo a denúncia, Elizabete agiu com intenção de matar e utilizou Carbofurano, substância proibida no Brasil desde 2017 por sua alta toxicidade. A promotoria afirma que o crime teve motivação financeira e foi cometido de forma dissimulada, impedindo qualquer reação da vítima.

Investigação começou após morte semelhante

A investigação sobre a morte de Nathália recomeçou em março, depois que Larissa Rodrigues, nora de Elizabete, morreu envenenada em Ribeirão Preto. A suspeita de ligação entre as duas mortes levou à exumação do corpo de Nathália, que confirmou a presença do mesmo tipo de veneno.

elizabete

O laudo toxicológico apontou intoxicação por Carbofurano em órgãos como estômago, fígado e pulmões. A perícia concluiu que a morte não ocorreu por causas naturais, como inicialmente registrado.

Pesquisas online

O Ministério Público identificou pesquisas online feitas por Elisabete um dia antes do crime com os termos “veneno chumbinho” e “forma de intoxicação”. O celular da acusada também revelou buscas sobre jogos de azar e pensão por morte de filho, feitas poucos dias após o falecimento da vítima.

De acordo com o processo, Elizabete tinha dívidas altas, envolvia-se com apostas online e dependia financeiramente da filha. Testemunhas relataram que as duas mantinham uma relação conflituosa por dinheiro e que a mãe desaprovava o relacionamento amoroso de Nathália, que pretendia se casar.

Caso Larissa

A denunciada também responde por matar a nora Larissa, em Ribeirão Preto, usando o mesmo tipo de veneno. Atualmente, Elizabete está presa na Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo.

A promotoria descreve o crime como feminicídio qualificado — praticado por motivo torpe, meio cruel e com dissimulação — e ainda acusa a ré de fraude processual por alterar o local do crime após a morte da filha.

O que diz a defesa?

Em nota enviada para a reportagem do acidade on a defesa de Elizabete Arrabaça informou que está ciente da denúncia do MP e que a ré sempre negou qualquer envolvimento na morte da filha.

Leia na íntegra:

No final da tarde de hoje, tomamos ciência do oferecimento de denúncia contra nossa cliente Elizabete Eugênio Arrabaça, sendo a ela atribuída a morte de sua filha Nathália Garnica, oportunidade em que lhe foi imputado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo o crime de feminicídio (art. 121-A, CP), com 03 qualificadoras (emprego de veneno, meio cruel e mediante dissimulação e de recurso que dificultou a defesa da ofendida).

Trouxe a ilustre Promotora de Justiça que Elizabete teria utilizado a substância carbofurano, popularmente conhecida como “chumbinho”.

Importante expor que Elizabete sempre negou qualquer participação na morte de sua filha Nathália, motivo pelo qual essa defesa técnica trabalhará para preservar todos os seus direitos, a fim de que o processo tramite dentro dos padrões legais.

Aguardamos a análise do Poder Judiciário da Comarca de Pontal/SP, especificamente no que diz respeito ao eventual recebimento da denúncia, bem como da representação pela prisão preventiva de Elizabete, para decidir sobre os pontos do trabalho da defesa técnica.


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