Foi sepultado na manhã deste domingo (8), no cemitério municipal de Pontal (SP), o corpo de Alex Gabriel dos Santos, de 16 anos. O adolescente estava desaparecido desde o último domingo (1º) e foi encontrado sem vida no sábado (7), no rio Pardo, entre os municípios de Pontal e Cândia, no interior de São Paulo.

O féretro foi acompanhado por uma multidão emocionada e inconformada com a brutalidade do crime. Familiares, amigos e moradores da cidade prestaram as últimas homenagens ao jovem, em um clima de dor, indignação e revolta.

Segundo a Polícia Civil, Alex teria encontrado um telefone celular esquecido sobre o balcão de um estabelecimento comercial e o levou para casa. Ao descobrir com quem estava o aparelho, o dono do celular foi até a residência do adolescente, acompanhado de três comparsas. O grupo então teria sequestrado Alex e o levado até um galpão, onde ele foi amarrado, agredido e possivelmente torturado. Um saco foi colocado sobre a cabeça do jovem, mas ainda não se sabe se isso ocorreu enquanto ele estava vivo ou já sem vida. Em seguida, o corpo foi jogado no rio.

A família do adolescente afirmou que um novo aparelho celular seria comprado para restituir o dono e encerrar o mal-entendido. Segundo os familiares, nada justificava a reação brutal dos envolvidos, agora presos, que escolheram agir com extrema violência diante de uma situação que poderia ter sido resolvida pacificamente.

O corpo foi localizado por equipes do Corpo de Bombeiros, com apoio da Polícia Civil de Pontal e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sertãozinho. A vítima estava com as mãos e os pés amarrados.

Quatro suspeitos foram presos:

Uanderson dos Santos Dias, 19 anos, que se apresentou à delegacia de Pontal na sexta-feira (6);

João Guilherme Moreira, 27 anos, preso na quinta-feira (5);

Alex Sander Benedito Ferreira, 23 anos, também detido na quinta (5);

Jean Carlos Nadoly, 28 anos, capturado em Minas Gerais no mesmo dia.

Todos devem responder por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. A Polícia Civil segue investigando o caso e apura a possível participação de uma quinta pessoa no crime.

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