Jornal da Franca – Intolerância à lactose não é “frescura”: condição afeta a muita gente em Franca

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Apesar de ser alvo de dúvidas, intolerância à lactose tem base científica e impacta a qualidade de vida

Nos últimos anos, a intolerância à lactose passou a ser mais comentada nas redes sociais e nas rodas de conversa em Franca, muitas vezes tratada como exagero ou “nutelagem” da geração atual. No entanto, a condição é reconhecida pela medicina como um distúrbio real que pode causar desconforto significativo e afetar a qualidade de vida de milhões de pessoas na cidade, no Brasil e no mundo.

A intolerância ocorre quando o organismo tem dificuldade ou incapacidade de digerir a lactose — o açúcar natural do leite — por conta da produção insuficiente da enzima lactase, responsável por quebrá-lo no intestino delgado. Os sintomas mais comuns incluem inchaço abdominal, gases, dores, diarreia e náusea, geralmente entre 30 minutos e 2 horas após o consumo de laticínios.

Segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia, cerca de 70% da população mundial tem algum grau de intolerância à lactose. No Brasil, estima-se que mais da metade dos adultos possa apresentar a condição, com maior incidência entre pessoas de ascendência asiática, africana e indígena.

“A intolerância não é uma invenção moderna. O que temos hoje é mais acesso ao diagnóstico e maior conscientização”, afirma a nutricionista e especialista em saúde digestiva, Mariana Falcão. “É comum que o corpo reduza a produção de lactase com o tempo, especialmente após a infância, o que leva ao aparecimento dos sintomas.”

É importante diferenciar intolerância à lactose de alergia ao leite, que envolve o sistema imunológico e pode ter consequências graves. Enquanto a intolerância pode ser manejada com dietas, enzimas ou produtos zero lactose, a alergia exige restrição total.

Embora muitas pessoas associem a condição a modismos alimentares, os especialistas alertam: os sintomas são reais e o tratamento é necessário para evitar complicações. Ignorar o problema pode levar a inflamações intestinais, perda de peso e má absorção de nutrientes.

“Ainda há preconceito e desinformação, mas quem convive com a intolerância sabe que não se trata de frescura. Comer algo aparentemente simples como uma fatia de pizza pode significar horas de desconforto”, conclui Mariana.

Com o avanço da indústria de alimentos, o acesso a produtos sem lactose cresceu, o que tem ajudado quem vive com a condição a manter uma alimentação saborosa e segura. O importante, segundo os médicos, é buscar orientação profissional e respeitar os limites do próprio corpo.




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