Região recebe alerta de incêndios

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Nos próximos dias, quase todo o estado de São Paulo estará em estado de atenção para incêndios. O risco é elevado principalmente nesta quinta (17) e na sexta-feira, 18 de julho, quando a baixa umidade relativa do ar, as temperaturas elevadas e o predomínio do Sol intensificam as chances de queimadas em todas as regiões paulistas.

De acordo com a previsão da Defesa Civil de São Paulo, em quase todo o estado, a umidade relativa do ar atingirá níveis críticos e até abaixo dos 30%. A Região Metropolitana de Ribeirão Preto recebeu alerta vermelho da Defesa Civil. A umidade relativa do ar preocupa e deve ficar abaixo de 30% até domingo (20).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), quando a umidade relativa do ar fica abaixo de 30% o município entra em estado de atenção. Quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considerado caso de emergência. A temperatura máxima em Ribeirão Preto pode chegar a 32 graus Celsius na sexta-feira (18). Atyé domingo, vai oscilar entre 27ºC e 28ºC.

“A umidade abaixo de 30% aumenta muito o risco de incêndios, principalmente os florestais. Por isso, pedimos muito o auxílio da população para não jogar bituca de cigarro na beira da estrada, para que não limpem o quintal colocando fogo no lixo, para que o produtor rural não faça roçada utilizando fogo, e que a população não solte balões, que é um crime ambiental e contribui muito para incêndios florestais e em áreas residenciais também”, alerta o coordenador estadual de proteção e Defesa Civil de São Paulo, tenente-coronel Araújo Monteiro.

A partir de sábado (19), há previsão de uma frente fria que pode trazer umidade para a faixa leste, diminuindo o risco de queimadas. No entanto, no interior, não haverá influência desse fenômeno e o risco para incêndios permanece elevado em todos os dias. Na segunda-feira (21), o alerta retorna para todo o estado, em especial para o extremo norte – região de Ribeirão Preto –, que pode entrar em estado de emergência para incêndios.

O Estado de São Paulo iniciou no dia 1º de junho a fase vermelha da Operação SP Sem Fogo, com importantes inovações tecnológicas voltadas ao monitoramento e resposta às queimadas. Uma delas é a Sala SP Sem Fogo, plataforma destinada ao monitoramento dos focos de incêndio em tempo real, com emissão diária de boletins preditivos para planejamento e coordenação das ações de resposta rápida.

Outra novidade para este ano é que a Defesa Civil do Estado de São Paulo vai utilizar a tecnologia cell broadcast para alertar a população sempre que a umidade do ar ficar abaixo de 12% e quando houver focos de incêndios próximos a áreas urbanas. A ferramenta foi incorporada à Operação SP Sem Fogo e poderá ser utilizada para alertas severos ou extremos, com orientações voltadas à prevenção e saúde das pessoas.

Para este ano, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) implementou mudanças na legislação ambiental visando coibir queimadas ilegais. As alterações estabelecem punições mais severas para a utilização irregular do fogo em áreas rurais.

A principal mudança é a criação de uma multa específica para proprietários rurais que não adotarem medidas preventivas contra incêndios florestais, com valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 10 milhões.

A norma também aumenta as penalidades para quem provocar incêndios em áreas produtivas ou vegetação sem autorização, com multas de R$ 3 mil por hectare atingido, podendo dobrar em casos mais graves, como incêndios em terras indígenas. A legislação anterior previa multa de até R$ 1,5 mil por hectare.

A Fundação Florestal destinou R$ 11 milhões iniciais à operação, com contratação de bombeiros civis, aeronaves, aquisição de equipamentos e retirada de vegetação seca em áreas estratégicas. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP), por sua vez, destinou mais de R$ 300 milhões à conservação de rodovias, incluindo ações contra incêndios.

O Corpo de Bombeiros capacitou 1,9 mil agentes e outros 900 estão em treinamento. A Polícia Ambiental reforçou ações de educação e fiscalização. Até o momento, 3 mil agentes de 600 municípios foram capacitados pela Defesa Civil para integrar a operação. A região de Ribeirão Preto receberá 32 brigadistas.

A Defesa Civil alerta: denuncie focos pelo 193 e evite queimar lixo. A prevenção é responsabilidade de todos. No ano passado, São Paulo concentrou quatro dos dez municípios com maior proporção de área queimada, três deles no entorno de Ribeirão Preto, uma região predominantemente agrícola. São eles: Barrinha, Dumont e Pontal, além de Pontes Gestal.

Em agosto de 2024, uma série de incêndios criminosos colocou em risco a população de Ribeirão Preto. As labaredas assustaram moradores de condomínios de luxo em Bonfim Paulista e bairros da Zona Sul, como o pomposo Alphaville, e conjuntos populares na Zona Norte, como o Jardim Cristo Redentor.

 

 



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