
Segundo as estatísticas criminais divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP), as ocorrências envolvendo denúncias de estupro, em Ribeirão Preto, cresceram 11,39% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2024, de 79 para 88. São nove a mais, um a cada dois dias.
São 17 em junho, alta de 30,77% em relação aos 13 de maio, quatro a mais. Janeiro teve 16, fevereiro 15, março 13 e abril, 14 casos. Recuou 10,53% na comparação com os 19 do sexto mês de 2024, dois a menos. Dos estupros registrados neste ano, 63 envolvem crianças ou adolescentes, que estão nos grupo dos “vulneráveis”, 71,59% do total.
Os 25 casos de janeiro de 2023 representam o maior número desde que a pesquisa passou a ser divulgada, em 2001. Segundo a SSP-SP, as ocorrências envolvendo denúncias de estupro recuaram 7,81% no ano passado em Ribeirão Preto em relação a 2023, de 192 para 177. São 15 casos a menos. A média em 2024 foi de uma denúncia a cada 49 horas (cerca de dois dias)
O recorde da série histórica, que começou em 2021, pertence a 2023. O de 2024 é o segundo com mais casos. Os dois anos com menor quantidade e denúncias são 2005 e 2007, com 39 cada. Em 2024, foram 13 ocorrências em janeiro, mais 13 em fevereiro, 15 em março, seis em abril, 13 em maio, 19 em junho, 18 em julho, 21 em agosto, 14 em setembro, 21 em outubro, 16 em novembro e 13 em dezembro.
Os meses com mais casos no ano passado foram agosto e outubro, segundo maior número de denúncias da série histórica, atrás das 25 de janeiro de 2023 Dos estupros registrados no ano passado, 117 envolveram crianças ou adolescentes, 66,10% do total. Os 192 casos de 2023 superaram em 36,17% os 141 de 2022. São 51. A maioria das denúncias foi registrada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Dos 192 ataques consumados em 2023, em Ribeirão Preto, 135 envolveram crianças ou adolescentes, 70,31% do total. A média em 2023 ficou em um crime a cada 45 horas. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo diz que os casos de estupro podem ser denunciados na DDM.
O crime de estupro é o que tem o mais alto índice de subnotificação. De acordo com especialistas no tema, o número real de casos pode ser até quatro vezes maior do que o registrado atualmente, já que grande parte dos crimes acontece no ambiente familiar, que dificulta o flagrante e as denúncias.
Desde 8 de março, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Ribeirão Preto atende 24 horas por dia, sete dias por semana para ampliar o suporte às vítimas de violência. Está localizada na avenida Costábile Romano nº 3.230, na Ribeirânia, Zona Leste da cidade.
Homicídios – O número de homicídios dolosos caiu 10,53% no primeiro semestre em relação ano passado, de 19 para 17, dois a menos e cerca de um a cada dez dias. Três ocorrências foram registradas em junho, contra uma de maio, crescimento e 200%. Em relação aos seis do sexto mês de 2024, caiu 50%, três a menos
A cidade ainda registrou dois crimes em janeiro, nenhum assassinato em fevereiro, cinco em março e seis em abril. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, também não houve latrocínios – roubo seguido de morte – em 2025, contra dois de 2024.
Balanço anual – No ano passado, 33 pessoas morreram vítimas de homicídio doloso em Ribeirão Preto, segundo 32 boletins de ocorrência registrados nos sistemas da SSP-SP. Houve uma morte a menos em relação aos 34 óbitos de 2023 (de acordo com 32 BOs), queda de 2,94%.
A média no ano passado foi de um crime de morte a cada onze dias. É o número de vítimas de violência mais baixo desde o início da série histórica da Secretaria de Segurança Pública, que começou em 2001. O recorde de mortes desde o início da série histórica pertence ao primeiro ano do levantamento, 2001, com 181 vítimas – mortes denunciadas em 176 boletins de ocorrência.