
A Justiça ouviu nesta terça-feira (9), em Ribeirão Preto, 18 das 24 testemunhas convocadas para a primeira audiência de instrução do caso da morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, envenenada em março deste ano.
Os acusados do homicídio, o médico Luiz Antonio Garnica, marido da vítima, e a sogra dela, Elizabete Arrabaça, presos desde maio, acompanharam os depoimentos de forma virtual. Eles não prestaram interrogatório nesta audiência.
Quando será a próxima audiência?
A próxima audiência vai acontecer nesta quarta-feira (10). Após os interrogatórios, o juiz decidirá se Garnica e a mãe serão levados a júri popular. O casal responde por feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, Garnica foi o mentor do crime, e Elizabete executou o plano.

Além disso, Garnica enfrenta acusação de fraude processual por alterar a cena do crime no dia em que Larissa foi encontrada morta. As defesas negam envolvimento na morte da professora.
Depoimentos de testemunhas
Entre os depoimentos, o da fazendeira amiga de Elizabete chamou atenção. Ela afirmou que Elizabete a procurou por telefone 15 dias antes da morte de Larissa, perguntando sobre chumbinho.
As testemunhas relataram que Garnica apresentava comportamento dominante e não prestava atenção à esposa. A amante do médico também foi ouvida. No início de março, Larissa descobriu a relação extraconjugal do marido e chegou a registrar imagens da traição. Ela teria recebido ameaças de Garnica caso tentasse deixá-lo.
O laudo toxicológico concluído em maio identificou chumbinho no organismo da vítima. Segundo o MP, Garnica buscou sopa envenenada preparada pela mãe em algumas ocasiões e administrou outras substâncias sem que Larissa soubesse.
A investigação aponta que o plano inicial de mãe e filho consistia em envenenar Larissa aos poucos para simular intoxicação acidental. A motivação seria manter os bens do casal nas mãos de Garnica, já que ambos apresentavam dívidas e Larissa planejava tratar do divórcio.
Dados de GPS contestam versões
Na véspera da morte, Garnica contatou a mãe, que permaneceu cerca de quatro horas no apartamento de Larissa. Ela foi encontrada morta na manhã de 22 de março. A acusação aponta que Garnica tentou criar álibi passando a noite na casa da amante.
A Polícia Civil extraiu dados móveis dos celulares de Garnica e Elizabete, obtidos com autorização judicial. O advogado do médico afirma que os dados mostram que Garnica estava com a amante e questiona a permanência de Elizabete no apartamento. O caderno de registro do prédio indica entrada por volta das 21h do dia 21 e saída às 0h50 do dia 22.
O advogado de Elizabete, Bruno Corrêa, aponta possível falha tecnológica nos registros de GPS e contesta a conclusão de que a sogra poderia ter permanecido no local até a manhã da morte de Larissa.
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