Setor logístico projeta alta até 2029 e Ribeirão Preto segue na rota de crescimento

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Segundo dados da Cobli, plataforma especializada em gestão de frotas, o setor de logística no Brasil deve crescer de US$ 104,79 bilhões para US$ 129,34 bilhões até 2029 e Ribeirão Preto acompanha esse movimento.

O município tem se destacado no segmento pela localização estratégica e pelo avanço de áreas logísticas ao longo das principais rodovias como a Anhanguera e a Abrão Assed.

As obras no aeroporto Leite Lopes também chamam a atenção para esse crescimento, tornando a área ainda mais atrativa para empresas de transporte e armazenamento.

Nesse cenário, a Rodonaves, fundada há 45 anos em Ribeirão Preto e hoje responsável por um grupo com outras seis empresas, acompanha a expansão do setor e mantém planos ativos de crescimento.

Em 2024, a companhia registrou faturamento de R$ 2,6 bilhões. Para 2025, a projeção é de um avanço de 9,3%, alcançando R$ 2,8 bilhões. A expectativa é chegar a R$ 3,23 bilhões em 2026, o que representa crescimento acumulado de 15%.

Rodonaves acompanha expansão do setor e mantém planos ativos de crescimento - Foto: divulgação.
Rodonaves acompanha expansão do setor e mantém planos ativos de crescimento – Foto: divulgação.

Uma trajetória construída em Ribeirão Preto

Fundada ainda nos anos 1970, a empresa nasceu de forma simples, transportando pequenas encomendas via ônibus, quando o fundador, João Naves, trabalhava na rodoviária.

Em entrevista ao acidade on, ele conta que a trajetória começou sem estrutura financeira e com poucos recursos, evoluindo de entregas feitas com bicicleta até a conquista da primeira Kombi, que segundo Naves, é preservado até hoje como marco da história do grupo. O início modesto deu origem a um dos maiores grupos de logística do país e que até hoje mantém sua sede em Ribeirão Preto.

Nosso desafio foi começar a soltar pacote nos ônibus, sem estrutura, sem nada financeiro e sozinho. Depois veio um funcionário e a ideia de ter uma bicicleta para coletar perto da rodoviária, que tinha muitas mercadorias pequenas

relembra João

Casada com João há 40 anos e vice-presidente do grupo, Vera Naves relembra que, no início, a falta de preparo técnico foi um dos principais desafios. Ela também destaca que a companhia passou por uma fase de reconstrução em 1994 e, pouco depois, um vendaval acabou destruindo a estrutura recém-formada.

O maior desafio foi quando começamos e não tínhamos planejamento. Passamos por várias fases, mas acredito que o principal foi quando recomeçamos a empresa praticamente do zero, em 1994. Logo em seguida, um grande vendaval passou e destruiu tudo. Aquele momento foi recomeçar novamente em cinco meses, porque perdemos a estrutura e ainda estávamos sem saber ao certo qual caminho seguir

Vera Naves

Transformação digital e crescimento

Embora o e-commerce tenha acelerado a demanda por entregas rápidas, a empresa afirma que manteve seu ritmo de operações com base na fidelidade dos clientes e na expansão contínua.

“Falar que não mudou [não tem como], alguma coisa muda. O frete pequeno ficou difícil de competir, mas por outro lado, os nossos clientes de médio e maior [porte] começou a vender mais pra fracionado. Então, nosso número permanece. Se nós levávamos, por exemplo, EM uma nota de R$ 1 mil, x volume, hoje nós levamos nota de R$ 1 mil, só que sai dez em um dia, sai cinco no outro dia, sai 15 no outro

explica João

Vale lembrar que para sustentar esse crescimento, o grupo destinou cerca de R$ 63 milhões para renovação de frota, que, segundo a empresa, mantém média de quatro anos de uso. Segundo Vera Naves, entre as próximas ações de crescimento estão novos Centros de Transferência de Cargas (CTC), incluindo Farroupilha (RS) e Belo Horizonte (MG).

Em Ribeirão Preto, a empresa avança na ampliação de áreas operacionais e expansão física de uma área de 250 mil m², adquirida para apoiar o aumento da demanda.

“A região é produtiva, cresce em vários segmentos, e está ficando pequeno para todos. Tem que crescer […] tem mercado para a gente buscar, para aquecer”, analisa João ao ser questionado sobre o crescimento do setor em Ribeirão.

Apesar da expansão e da visibilidade nacional, o grupo mantém forte vínculo com Ribeirão Preto, destacando o orgulho pela história iniciada na cidade e pela atuação contínua na região.


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